Quem pega avião com frequência já deve ter acompanhado momentos de confusão a bordo por causa de bagagens de mão que não cabem nos compartimentos na cabine. Ou a mala é muito grande ou o bagageiro já está lotado. Nesses casos, a maioria das malas que não encontram espaço no interior da aeronave com os passageiros acabam despachadas para o compartimento de carga da aeronave.

Esse tipo de situação causa desconforto para o passageiro, que após o voo precisa buscar a bagagem na esteira de desembarque, e prejuízos às companhias aéreas, que podem atrasar seus voos devido a problemas com malas ou outros objetos que não têm espaço no compartimento interno. Para resolver essa questão, a Boeing decidiu enfim fazer o óbvio: aumentou o bagageiro para bagagens de mão.

A solução, que a empresa chamou de “Space Bin”, está em processo de instalação nos jatos 737-900ER da companhia Alaska Airlines, que será a primeira empresa a utilizar o novo recurso. Segundo a Boeing, o novo bagageiro é 48% mais espaçoso que os convencionais e permite guardar as malas como se fossem livros em uma estante, acelerando o tempo de embarque e diminuindo o trabalhos dos comissários de bordo.

Além de mais espaço, a Boeing também afirma que é mais fácil colocar as bagagens no Space Bin, pois o compartimento é cinco centímetros mais baixo. De acordo com a fabricante, o novo bagageiro na versão para o 737-900 (o maior modelo da série) pode receber até 174 malas (pequenas), contra 117 do modelo com o maleiro original.

Como explica a Boeing, o novo compartimento pode ser adaptado na maioria dos modelos 737, comuns no Brasil com as cores da companhia Gol Linhas Aéreas, e não aumentam o peso da aeronave. A novidade também será oferecida no 737 MAX, nova geração do jato comercial com laçamento previsto para 2017.

Além da Alaska Airlines, que deve encerrar a instalação do novo bagageiro em seus 20 jatos 737-900 até 2017, o compartimento mais espaçoso da Boeing também foi encomendado pelas companhias United, Delta e mais seis empresas ‘low cost’ na Europa e China.

A Boeing não informa quanto custa o Space Bin, mas é certo que devem gerar economias às companhias ao reduzir os atrasos com procedimentos de embarque.